sábado, 30 de abril de 2011

colisão...

Eu converso com a chuva
Tentando respirar
Imaginando onde você está
Já que aqui, não mais estará

Uma lágrima corre por meu rosto
Como a chuva pela janela
E eu me pergunto
Onde você está?

Em algum lugar no mundo
Onde talvez a água
Não esteja a derrubar
Em algum lugar distante
Que faz-me não poder lhe alcançar

E então, a chuva volta a entender-me
Talvez compreendendo o motivo
Pelo qual estou a soluçar
Talvez finalmente ajudando-me
a lhe apagar

E no embaçado da janela
Seu nome está estampado
Pois dentro de mim
Tal amor, jamais será apagado

E mesmo que tudo nos separe
Novos amores apareçam
Em meu coração, seu nome está cravado
E não há nada a ser feito
Para que eu te esqueça

O que ontem foi belo,
hoje é a esperança
de momentos sinceros
O que ontem foi vida,
hoje é a conservação
no lugar de possíveis feridas

E o que era tido para sempre
Hoje é a marca de um possível passado
E até então, incompreensível
É a marca de um coração
Que sempre buscou a razão dentro da emoção
E que ainda tem a esperança
de um dia ser compreendido
Com a mesma razão

Para que talvez
Seu mundo torne-se livre
Da constante e sempre consecutiva,
Colisão.

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